Nessa sexta-feira (27), é celebrado Dia Nacional da Doação de Órgãos, milhares de pessoas aguardam, na fila de espera, todos os anos. A maior fila é por transplante renal, seguida por córneas, fígado, pâncreas/rim (duplo), coração, pulmão, pâncreas, multivisceral e intestino.
Na maioria das vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação. Todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto. É preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar órgãos ou tecidos!
O transplante é considerado um tratamento e não a cura de muitas doenças crônicas, mas sem dúvida, é a garantia de continuidade da vida daqueles que passam por esse procedimento. Para a doação se efetivar, é necessária a autorização da família, conforme prevê a lei nº 9.434. Também é necessária a comprovação da morte cerebral do doador para retirada de órgãos sólidos como coração, fígado, rins e outros.
Tecidos como córneas, pele, ossos, entre outros, também são bastante necessários, porém, no Brasil, ainda não há a cultura de doação desses tecidos, mesmo que nesses casos a retirada possa ocorrer após a parada cardiorrespiratória do doador, o que torna a doação muito mais fácil. Muitas pessoas invocam um sem-número de desculpas para não doar os órgãos: superstições, medo de que sejam removidos ainda estando vivas ou, simplesmente, por serem desfavoráveis. Certamente, não teriam a mesma opinião se necessitassem de um transplante.
Uma doença grave pode manifestar-se em nós quando menos esperamos. Após a retirada dos órgãos e tecidos da pessoa morta, o corpo é reconstituído e os cortes produzidos são suturados para que não se perceba a ausência dos órgãos removidos. Independentemente dos méritos ou deméritos do ponto de vista de cada um, na prática dos atos do cotidiano é preciso encarar esta indiscutível verdade: contribuir para salvar a vida de alguém que precisa ter um órgão degenerado substituído é feito admirável, merecedor de louvor. Nenhuma religião é contrária a tão elevado gesto de magnanimidade e humanidade.
De maneira geral, o ser humano, uns mais, outros menos, deseja fazer o bem ao semelhante, em franca demonstração de amor ao próximo. Contudo, crendices somadas à falta de informações e oposição da família são os maiores responsáveis pelo insuficiente número de doadores. Qualquer um pode doar. O que vale é estar com boa saúde avaliada pelo médico e atender certos limites de idade: 75 anos para os rins, 70 para o fígado, 69 anos para sangue, 65 para peles, ossos e válvulas cardíacas, 55 para o pulmão, o coração e medula óssea, 50 para o pâncreas. Para córneas não há limite.
A doação de órgãos é um ato por meio do qual podem ser retirados órgãos ou tecidos de uma pessoa viva ou falecida (doadores) para serem utilizados no tratamento de outras pessoas (receptores), com a finalidade de reestabelecer as funções de um órgão ou tecido doente. A doação é um ato muito importante, pois pode salvar vidas. O indivíduo que esteja necessitando do órgão ou tecido o receberá por meio da realização de um processo denominado transplante.
O transplante é um procedimento cirúrgico em que um órgão ou tecido presente na pessoa doente (receptor), é substituído por um órgão ou tecido sadio proveniente de um doador.
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