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Bolsonaro viaja aos Estados Unidos e não irá passar faixa a Lula

Antes de embarcar, presidente assinou nomeação de oito servidores para assessorá-lo como ex-presidente

28/12/2022 às 16h02 Atualizada em 28/12/2022 às 16h13
Por: Jakssael Pablo Fonte: InfoMoney
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O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro

Vivendo os momentos finais do mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) viajará, nos próximos dias, aos Estados Unidos e deverá passar a virada do ano em um resort na região de Orlando, na Flórida.

Na última viagem como mandatário do país, Bolsonaro deverá usar o avião presidencial, sem a companhia da primeira-dama Michelle Bolsonaro. A previsão é que ele se hospede no mesmo condomínio onde o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump possui uma casa.

Na noite de terça, o presidente negou à emissora CNN que deixaria o Brasil nesta quarta-feira (28), e não chegou a fazer qualquer referência a uma data futura.

Antes de embarcar, ele assinou a nomeação de oito servidores a quem tem direito na sua equipe de ex-presidente, com salários custeados pelos cofres da União. Entre eles, estão militares e atuais assessores na Presidência da República. Nesta quarta, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) publicou no Diário Oficial da União uma determinação para uma sargento do Exército viajar para Miami, com objetivo de fazer a “segurança de familiar” do presidente.

Bolsonaro foi o primeiro presidente do país a disputar a reeleição e ser derrotado. Ele perdeu em disputa de segundo turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma diferença de cerca de 2 milhões de votos (um placar de 50,90% a 49,10%, considerando apenas os votos válidos).

A viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos tem sido alvo de críticas entre os integrantes da equipe do governo eleito. Para o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), futuro ministro das Relações Institucionais, o mandatário mostrou-se um “líder de barro”, incapaz de liderar a direita.

Padilha pontuou que o atual presidente “incitou hordas bolsonaristas a desrespeitarem a eleição e a constituição e a transformar as frentes de quartéis em verdadeiras em incubadoras de atos violentos”.

Conforme noticiou o jornal O Estado de S.Paulo, aliados disseram que Bolsonaro avaliava a ideia de fazer um pronunciamento à nação antes de decolar, mas teria abortado o plano, em meio ao risco jurídico de incendiar manifestações.

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